Aqui onde eu
moro, assim como nas diversas colônias que eu fiquei, aprendi a conviver com
diversos irmãos que seguiam caminhos totalmente diferentes. Éramos colocados
lado a lado. No começo não entendíamos o porquê daquilo, nem o motivo de
estarmos ali. Dependentes de acolhimento e atenção, estávamos confusos mas o
propósito era comum a todos: a melhora constante.
Carentes de
aprendizado, todos trabalhavam com fervor e, nos intervalos de descanso, eram
ministrados diversos cursos que ensinaram sobre a vida, evolução,
desenvolvimento espiritual, entre outros.
Os grupos de
trabalho e de estudo eram os mesmos das moradias, onde passavam os momentos
livres juntos. Nossas desavenças nos levaram à muitos problemas. Brigas,
desentendimentos, discussões e desafetos aconteciam a todo momento. Embora
estávamos nesse clima, nenhum de nós pensou em desistir pois todos estavam
cientes da importância daqueles momentos.
Aqueles que
se melhoravam em uma colônia, seguiam pra a próxima como premiação por ter se
desenvolvido. A despedida de cada companheiro era carregada de emoção mas gratificante
porque aí todos se esforçavam ainda mais para conseguir avançar para a próxima
colônia e reecontrar o companheiro.
Apesar da
alegria daqueles que partiam, ficavam ansiosos para a chegada dos companheiros
e, a todo momento, até como exercício do seu desenvolvimento, faziam uma prece
com muita fé para que os companheiros conseguissem o tão esperado avanço.
A chegada de
cada um na nova colônia era recebida com festa. Vibrávamos juntos a alegria
daquele momento e essa energia ajudava o espírito recém-chegado continuar a
nova etapa de aprendizado. Muitos chegavam atrasados na nova colônia e, ao
chegar, alguns dos companheiros já estavam numa colônia mais adiantada.
Apesar de cada
grupo de companheiros estar em uma colônia, nossos espíritos vibravam juntos e,
apesar das desavenças, ninguém abandonou os companheiros.
E assim
fomos avançando, de colônia em colônia, até que reencontramos todos na mesma
colônia, por termos completado um dos estágios. Nessa última colônia do estágio
esperamos até que o último irmão aparecesse.
E hoje
estamos aqui, juntos, contando a nossa história. Ainda teremos infinitos
estágios para completar. Passamos por dificuldades, aprendemos com nossas
diferenças, mas em nenhum momento pensamos em desistir... Somos unidos pela fé.
Nosso grupo
sempre passa a mensagem de não deixar ninguém para trás. Auxilie os
companheiros que ficaram pois precisam de ajuda.
Acácia
Psicografia recebida por Leonardo Pires Trevisan
no Centro Espírita “Associação Espírita Vila dos Amigos” em 25/11/2014
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