quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Saudade


Há muitas questões envolvidas na separação daqueles que ficam e dos que retornam ao plano espiritual. Cada caso é um caso, até porque somos únicos. Cada ser carrega consigo suas características e referências da vida. Aliado à isso o livre-arbítrio demonstra que devemos responder por aquilo que escolhemos.
As separações são árduas, algumas com mais e outras com menos intensidade, mas todas significativas.  É um momento de reflexão não só para o desencarnado mas para todos aqueles que participaram da sua vida.
A saudade demonstra o poder que o amor tem em nossa vida e o quanto ele direciona nossa caminhada, é uma dor que representa a força que o amor imprime em nosso corpo físico. Também é um sentimento nobre que deveria ser melhor aproveitado.
Imaginem se há todo momento soubéssemos que perderíamos nossos próximos. Isso não mudaria a maneira como olhamos para eles?
Quando alguém vai embora, mesmo sabendo que essa pessoa voltará, não mudamos nossos pensamentos em relação a ela? Lembramos das coisas boas, dos momentos bons, dos feitos admiráveis, dos talentos, do jeito especial dessa pessoa. E por que não fazemos isso com quem está todos os dias ao nosso lado?
Nada na vida é por acaso, tudo é aprendizado e pode ser melhor aproveitado se fizermos bom uso dele.
Aproveite a saudade de um modo sublime. É amor que está sentindo! E ele vibra intensamente em seu coração. Use esse amor para auxiliar a pessoa que você sente saudade, vibre pra ela esse nobre sentimento! Lembre de cada momento bom que passou ao lado dessa pessoa, torne-o vivo em seu pensamento e agradeça a Deus pela benção do amor.
Separações são difíceis porque essencialmente somos seres que amam constantemente. Não há separação eterna, cada um reencontrará a pessoa que está com saudade. Até lá devemos aproveitar a energia boa gerada por ela.
O sentimento da saudade é tão forte que desestrutura nossos sentidos. Não pensamos direito; a boca seca e não conseguimos falar; os ouvidos entopem de maneira inexplicável; a falta de paladar tira a fome; não sentimos cheiro de nada; não conseguimos sentir as próprias mãos que tocam o rosto esvaído em lágrimas.
Isso tudo é o poder do amor fazendo efeito em nosso corpo físico. Isso passa! E o amor permanece infinitamente.
Carlos

Psicografia recebida por Leonardo Pires Trevisan no Centro Espírita “Associação Espírita Vila dos Amigos” em 03/02/2015

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