Há muitas
questões envolvidas na separação daqueles que ficam e dos que retornam ao plano
espiritual. Cada caso é um caso, até porque somos únicos. Cada ser carrega
consigo suas características e referências da vida. Aliado à isso o
livre-arbítrio demonstra que devemos responder por aquilo que escolhemos.
A vida
encarnada é como uma brisa: leve e instantânea ela passa através de nosso
espírito alterando os valores, as percepções e os conhecimentos. Através das
provas ela modifica a maneira como enxergamos tudo ao nosso redor.
Viver mais,
viver melhor, viver com saúde, eis a preocupação do homem encarnado, o que é
realmente muito bom desde que se tenha como objetivo o amadurecimento do
espírito. Ter um corpo encarnado numa vida de matéria envolve muitas questões
que são próprias do mundo material. Logicamente que durante a vida encarnada
temos necessidades materiais que devem ser supridas. Que homem encarnado não
gosta de conforto e dos prazeres que o mundo material lhe proporciona? Qual
deles não gostaria de ter um carro mais confortável, uma casa dos sonhos e de
vestir roupas que lhe proporcionassem um conforto maior?
As
necessidades materiais são comuns à todos os homens. Todos irão buscar
satisfazer suas necessidades. A questão é em relação ao objetivo futuro, à que
o homem se submete para conquistar esse objetivo.
Se o
objetivo é a vida infinita, o homem sabe que tudo o que ele passa e faz parte
do mundo material lhe servirá apenas de suporte para que seu espírito cumpra a
missão para a qual se destinou ou ao menos dê mais um passo em sua jornada de
evolução.
Se o
objetivo do homem é a vida finita, tudo muda. O homem não lida como se tudo
fosse passageiro, mas como algo muito importante por fazer parte única e
exclusiva de apenas uma vida. Sendo assim, tudo o que lhe pertence ganha um
significado tremendo.
O problema
aparece quando ocorrem as perdas. É aí que os objetivos dos homens começam a
ficar mais explícitos. Para o homem de uma vida só perder algo é perder parte
de sua vida. Tudo que lhe pertence é como se fizesse parte dele. Dependendo do
número de perdas que ocorrem, o homem entra em desespero e muitos desistem da
vida, ou o que ele chama de vida.
Para o homem
de infinitas vidas tudo se torna mais claro. As perdas da vida pertencem apenas
a um momento e que lhe auxiliará no futuro em seu amadurecimento. Ele sabe que
a passagem no mundo material é muito breve e se admira ao ver que, completado o
curso da vida material, continuará infinitamente em evolução.
Lúcio
Psicografia recebida por Leonardo Pires Trevisan
no Centro Espírita “Associação Espírita Vila dos Amigos” em 24/02/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário